Crítica pedagógica e antropedagogía: sobre uma nova problematização do Estado
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Se entendemos o poder como técnicas de controle sobre a vida, o panorama em torno às possibilidades de crescimento desta e suas potencialidades parecem ser cada vez mais incerto, principalmente porque a capacidade de codificação e de registro por parte do Estado se tornou tão técnica, a ponto de sequer ser possível estabelecer um limite que separe o Estado da população civil. Já não é possível entender o Estado das formas as quais havíamos tomado no ocidente em épocas anteriores, ele está em nós e determina por completo todas as nossas relações; não é um “fora”, assim como não é um “dentro”: é um “entre”. Isso posto, se há algo que resiste ao poder e suas técnicas de controle, é a própria vida, mas tal resistência diminui (sem desaparecer) conforme as técnicas de controle são instaladas em cada humano e, em virtude disso, a atenção filosófica deve, inexoravelmente, focar-se em boa parte na infância e em como se dão os processos de formação dos seres humanos. Em outras palavras, de que maneira se expulsa o animal do corpo e se instala nele o cidadão, reflexão essa que leva, inevitavelmente, ao questionamento da relação entre filosofia e educação, tema o qual talvez não tenha sido tratado com a devida seriedade sobre a terceira transformação do espírito. A pedagogia como saber institucional, que historicamente parece ter bebido mais da psicologia que da filosofia, é completamente incapaz de analisar fora dos limites que lhe impõe a institucionalidade e, dessa forma, faz-se necessário o surgimento de uma crítica pedagógica que julgue a pedagogia enquanto saber institucional e que seja capaz de analisar a outra face da escola-instituição: a configuração das máquinas de guerra que resistem a tal escola e criam outra, a escola máquina de guerra, a qual nada mais é que resistência e ruptura ante a institucionalidade, que se transforma também em um novo questionamento sobre o Estado. Para tal, deve-se valer da antropopedagogia, que supera a pergunta clássica da antropologia sobre “o que é o homem?”, e traz uma indagação de outro tipo: como um animal se transforma em um humano?
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Accepted 2020-02-27
Published 2019-01-15
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