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Se entendemos o poder como técnicas de controle sobre a vida, o panorama em torno às possibilidades de crescimento desta e suas potencialidades parecem ser cada vez mais incerto, principalmente porque a capacidade de codificação e de registro por parte do Estado se tornou tão técnica, a ponto de sequer ser possível estabelecer um limite que separe o Estado da população civil. Já não é possível entender o Estado das formas as quais havíamos tomado no ocidente em épocas anteriores, ele está em nós e determina por completo todas as nossas relações; não é um “fora”, assim como não é um “dentro”: é um “entre”. Isso posto, se há algo que resiste ao poder e suas técnicas de controle, é a própria vida, mas tal resistência diminui (sem desaparecer) conforme as técnicas de controle são instaladas em cada humano e, em virtude disso, a atenção filosófica deve, inexoravelmente, focar-se em boa parte na infância e em como se dão os processos de formação dos seres humanos. Em outras palavras, de que maneira se expulsa o animal do corpo e se instala nele o cidadão, reflexão essa que leva, inevitavelmente, ao questionamento da relação entre filosofia e educação, tema o qual talvez não tenha sido tratado com a devida seriedade sobre a terceira transformação do espírito. A pedagogia como saber institucional, que historicamente parece ter bebido mais da psicologia que da filosofia, é completamente incapaz de analisar fora dos limites que lhe impõe a institucionalidade e, dessa forma, faz-se necessário o surgimento de uma crítica pedagógica que julgue a pedagogia enquanto saber institucional e que seja capaz de analisar a outra face da escola-instituição: a configuração das máquinas de guerra que resistem a tal escola e criam outra, a escola máquina de guerra, a qual nada mais é que resistência e ruptura ante a institucionalidade, que se transforma também em um novo questionamento sobre o Estado. Para tal, deve-se valer da antropopedagogia, que supera a pergunta clássica da antropologia sobre “o que é o homem?”, e traz uma indagação de outro tipo: como um animal se transforma em um humano?

Gustavo Adolfo Cárdenas López, Escuela Normal Superior Farallones de Cali

Mg. en Educación Desarrollo Humano, Universidad San Buenaventura, Cali, Colombia. Docente de Investigación y Práctica Pedagógica Investigativa en el Programa de Formación Complementaria, Escuela Normal Superior Farallones, Cali. Docente del seminario Sociedad, cultura y educación: Una mirada desde la genealogía, Maestría en Educación, Universidad San Buenaventura, Cali.

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Received 2019-11-16
Accepted 2020-02-27
Published 2019-01-15

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